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Política

21/04/2023 às 11h34

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Redacao

Vespasiano / MG

Gabriel tem dificuldade para conseguir apoio contra Fuad
Presidente da Câmara tenta 14 assinaturas para projeto que visa anular decreto assinado pelo prefeito que prevê aumento da tarifa dos ônibus em BH
Gabriel tem dificuldade para conseguir apoio contra Fuad
Gabriel Azevedo - presidente da CMBH e Fuad Noman prefeito de BH

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (sem partido), ainda não alcançou apoio suficiente para protocolar o projeto de resolução que pretende anular o decreto do prefeito Fuad Noman (PSD) que aumentou a passagem dos ônibus da capital para R$ 6. A expectativa era de que a proposta fosse protocolada nesta quinta-feira (20/4), no entanto, o vereador tem encontrado dificuldade em articular o número mínimo de assinaturas para a tramitação do projeto - é necessário o aval de pelo menos 14 parlamentares para que a proposta seja incluída na pauta.


Segundo a lista divulgada por Gabriel, 16 vereadores teriam apoiado o projeto, mas três parlamentares da lista afirmaram à reportagem que pediram para retirar a assinatura. Entre eles, os petistas Pedro Patrus e Bruno Pedralva. Eles protocolaram uma ação popular na Justiça pedindo o cancelamento do aumento da tarifa. Os vereadores se reuniram com o prefeito nesta quinta e pediram uma solução para o problema.


Disputa


Enquanto alguns desistiram, outros não quiseram entrar no embate entre Gabriel e Fuad. Até aliados do vereador, que chegaram a assinar, hesitaram em um primeiro momento em serem signatários da proposta. 


Nos bastidores, eles têm considerado que o presidente da Casa tem extrapolado os limites do regimento interno e da competência jurídica da Câmara. A disputa entre o vereador e o prefeito vem se prolongando desde a eleição da Mesa Diretora, quando Gabriel foi eleito em uma articulação contra a base do governo. 


A articulação da derrubada do decreto do prefeito é a segunda tentativa de Gabriel em uma semana de emplacar na Casa medidas contra Fuad. Na quinta-feira anterior, após adiar a nomeação do novo chefe da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), João Batista Bahia Neto, suspeito de ter participado de um esquema de corrupção enquanto trabalhava na Prefeitura de Contagem, a oposição junto com Gabriel começaram a colher assinaturas para a abertura de uma CPI para investigar a SLU. 


Desta vez, segundo interlocutores, mesmo que Gabriel consiga protocolar o projeto para suspender o decreto sobre a passagem, dificilmente a medida será aprovada em plenário. Seriam necessários 21 votos, e hoje a base do prefeito tem, ao menos, 25 parlamentares. Além deles, a esquerda, que costuma votar com a prefeitura em algumas propostas, tem cinco vereadores. 


“Ele (Gabriel) não tem as assinaturas. Todos nós queremos um transporte digno, que cumpra os horários, que não seja superlotado e não queremos aumento das passagens. Mas queremos que ocorra um diálogo entre o presidente da Casa o Executivo para que possamos assegurar as melhorias e, assim, aprovarmos o subsídio”, afirmou um parlamentar. 

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