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Política

13/02/2023 às 15h56 - atualizada em 13/02/2023 às 16h01

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Redacao

Vespasiano / MG

Bancada da segurança pode ser 'pedra no sapato' de Zema mesmo como base na ALMG
Bancada da segurança pode ser 'pedra no sapato' de Zema mesmo como base na ALMG
Bancada da segurança pode ser 'pedra no sapato' de Zema mesmo como base na ALMG
bancada da segurança pública

A bancada da segurança pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) inicia 2023 em uma condição peculiar: todos os cinco deputados estaduais oriundo das forças integram a base de governo de Romeu Zema (Novo), de quem terão que cobrar valorização e melhores condições de trabalho para a categoria em Minas Gerais.


A aposta é que ser base do governador vai facilitar o diálogo e o atendimento das demandas da classe. Se as conversas não evoluírem, a pressão sobre o governo deve crescer e o cenário de um ano atrás, quando sindicatos e associações fizeram grandes manifestações e chegaram a decretar uma espécie de “greve branca” para pressionar o governo Zema, pode se repetir.


Em nota, o governo Zema afirmou que mantém diálogo aberto e frequente com os representantes das forças de segurança e que há esforço permanente para garantir melhores condições de trabalho aos servidores e qualidade na prestação de serviços para a população. 


Parlamentar mais experiente da bancada, Sargento Rodrigues (PL) defende o que chama de cobrança progressiva. “Primeiro, a via do diálogo e da interlocução política. Se necessário, audiências públicas lotadas na ALMG com sindicatos e associações. E no último momento a gente utilizará as mobilizações (de rua). Se o governo não dialogar, não buscar um entendimento, essa é uma possibilidade que ninguém descarta”, afirma.


"Se somos base, então o governador deve facilitar o diálogo nesse sentido. Se você é oposição, tem que ficar batendo e cobrando de forma muito incisiva o governo. Sendo base, acho que o tratamento pode ser melhor, mais fraternal”, continua o deputado.


Além dele, a bancada da segurança, que não é formalizada na ALMG, tem como integrantes Delegada Sheila (PL), Coronel Sandro (PL), Caporezzo (PL) e Delegado Christiano Xavier (PSD), que adota postura semelhante a de Rodrigues sobre o tema.


“Sendo da base do governo tenho a certeza e espero que a gente possa sensibilizá-lo dessas pautas muito importantes para que a gente possa ter uma polícia mais motivada”, analisa o deputado do PSD recém-chegado à Casa.


Pauta é recomposição salarial e aumento do efetivo


As principais instituições da segurança pública em Minas Gerais são Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros. Cada uma delas tem demandas específicas, mas há duas pautas comuns a todas as quatro.


A primeira é a recomposição salarial. Em 2019, Zema fechou um acordo para conceder o reajuste em três parcelas de 13%, 12% e 12%, mas vetou as duas últimas. Em 2022, o governador concedeu 10% de recomposição para todos os servidores.


“Na melhor das hipóteses, o governo deve 12% além da inflação do ano passado (2022)”, diz Sargento Rodrigues, que destaca também que o déficit de agentes nas forças de segurança é gravíssima. 

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