19/03/2024 às 14h31
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Redacao
Vespasiano / MG
O relatório da Polícia Federal (PF) que traz o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 16 pessoas por fraude em cartões de vacinas da Covid-19 aponta que esses fatos podem ter ligação direta com outra investigação, que trata sobre a criação de uma organização criminosa para tentar um golpe de Estado, planejado em 2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No documento, os investigadores detalham sobre o eixo relacionado ao uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens ilícitas, no caso específico da inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina.
Segundo a apuração, o esquema “pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de Golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados a nova tentativa de Golpe de Estado que eclodiu no dia 08 de janeiro de 2023”.
No inquérito, a PF conclui que um grupo de pessoas próximas de Bolsonaro inseriram informações falsas de vacinação contra Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde para obter os certificados de imunização mesmo sem tomar as doses necessárias. A intenção era usar os comprovantes para burlar as restrições sanitárias impostas pelo Brasil e outros países para impedir a propagação da Covid-19.
Ainda segundo os agentes, os documentos de imunização no aplicativo ConecteSUS foram emitidos a partir de endereços de IP do Palácio do Planalto. Os downloads foram feitos dias antes e na própria data da viagem de Bolsonaro a Orlando, na Flórida, para onde foi dias antes do fim de seu mandato.
Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF informou que foram quatro emissões, três delas ainda em 22, 27 e 30 de dezembro de 2022. Bolsonaro embarcou com a família para os Estados Unidos no próprio dia 30, horas depois do acesso ao sistema. Comprovantes com informações falsas sobre vacinação foram feitos em nome de Bolsonaro e Laura, segundo a PF.
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