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05/10/2023 às 10h49

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Redacao

Vespasiano / MG

Zema sobre ICMS extra sobre supérfluos: ‘não tenho condição de abrir mão’
Segundo o governador, projeto enviado pelo Executivo à Assembleia tem apenas o objetivo de retomar a cobrança que já acontecia até dezembro de 2022
Zema sobre ICMS extra sobre supérfluos: ‘não tenho condição de abrir mão’
Governador que criticou muito gestão do PT pela alta nos impostos também fez a mesma medida

O governador Romeu Zema (Novo) se manifestou, na manhã desta quinta-feira (5/10), pela primeira vez, sobre o Projeto de Lei 1.295/2023, enviado pelo Executivo à Assembleia para aumentar os impostos sobre produtos supérfluos, como cigarros, refrigerantes, armas de fogo, isotônicos etc. Em entrevista à FM O TEMPO 91,7, Zema disse que a proposta só retoma o que já era cobrado até dezembro de 2022. 


Na visão do governador, esse recurso extra com o ICMS é fundamental para o caixa do Estado. “Nós temos que lembrar o seguinte: o que nós estamos fazendo é manter as mesmas alíquotas, a mesma base tributária que vigorou no Estado até dezembro de 2022. Nós não estamos querendo nada além disso. Eu lembro que no governo passado, quando esse imposto já era cobrado, o funcionalismo público recebia atrasado e as prefeituras não recebiam os repasses. Isso já demonstra que a situação financeira do Estado é muito grave. Eu, infelizmente, não tenho condição de abrir mão”, disse. 


Romeu Zema ainda falou que o ICMS extra para produtos supérfluos vem para evitar que velhos problemas fiscais voltem a assombrar Minas Gerais, como o atraso no pagamento dos servidores. “Caso contrário, a nossa situação financeira que ainda é grave, mas já melhorou muito, pois somos um governo responsável, podemos amanhã enfrentar novos problemas. Eu não quero que aqueles problemas, que na minha opinião pertencem ao passado, voltem a acontecer em Minas Gerais”, afirmou.


Em vigor até o fim do ano passado, o ICMS sobre bens supérfluos, instituído ainda durante o governo Antonio Anastasia (2011-2014), rendeu aos cofres do Estado R$ 855 milhões em 2022. A arrecadação adicional com a alíquota fomenta o Fundo de Erradicação da Miséria (FEM). Entre outras ações, o FEM financia, por exemplo, o Piso Mineiro de Assistência Social, ou seja, o valor de R$ 2,40 repassado aos municípios por cada pessoa inscrita no CadÚnico.


No entanto, a oposição acusa o governo de usar os recursos do ICMS extra para outros fins, além do FEM. Portanto, defende a aprovação de um novo projeto para limitar a destinação desse dinheiro exclusivamente para o Fundo de Erradicação da Miséria.

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