13/02/2023 às 16h23
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Redacao
Vespasiano / MG
O vereador Léo Burguês (União Brasil) surpreendeu a todos e renunciou ao mandato, nesta quarta-feira (8), minutos antes do início da votação para abertura de processo de cassação do mandato. Com isso, o processo que existia contra ele na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) foi extinto e Burguês mantém os direitos políticos, que seriam perdidos caso fosse cassado.
Após leitura da denúncia, em plenário, o vereador investigado pediu a palavra no tempo determinado para discussão da proposta. Burguês, então, apresentou um vídeo, que teria sido gravado na última segunda-feira (6), em que mostra o presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido), negando o recebimento de uma denúncia feita pelo ex-vereador Carlos Henrique em que ele acusa o vereador Ciro Pereira (PTB) de “rachadinha”.
Na denúncia, Carlos Henrique, que é suplente de Ciro, acusa o gabinete do parlamentar de empregar servidores que, na realidade, trabalhariam para outros políticos. Nessa segunda-feira (7), a Procuradoria Jurídica da CMBH arquivou o pedido de cassação sob o argumento de que não foram encontradas documentações suficientes para recomendar a sequência do processo. Em nota, a Câmara afirmou que a denúncia teria "interesse pessoal" por parte do denunciante.
Diante da negativa de Gabriel em aceitar a denúncia contra Ciro, Burguês acusou o chefe do Legislativo de prevaricação e renuniou o mandato. "Como vimos no vídeo, estamos diante de um processo comandado por alguém que age com parcialidade. Então, anuncio, a todos que renuncio ao meu mandato. Parabéns, presidente", anunciou.
À imprensa, Léo Burguês explicou os motivos que o levaram a renunciar. "Embora eu tenha total ciência da minha inocência e acreditar que na comissão processante seria o local adequado para mostrar minha inocência, mas pensando na minha família, nas minhas filhas, que sofreriam muito nesse processo todo que seria desgastante", comentou Burguês.
O agora ex-vereador não poupou críticas ao presidente Gabriel Azevedo e disse que já entrou nesse processo "politicamente condenado". "O presidente usa do meu caso para se promover. E o vídeo que apresentei mostra que aqui, nessa casa, funciona assim: quem é amigo do Gabriel tudo, quem não é perseguido", pontuou.
Na última semana, Léo Burguês foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de participar de um esquema envolvendo “rachadinha” – exigir dos funcionários a devolução de parte dos salários para proveito próprio –, contratação de funcionários fantasmas e corrupção na Câmara de BH.
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