Sexta, 03 de maio de 2024
31 98695-0049
Brasil

14/03/2024 às 09h37

72

Redacao

Vespasiano / MG

Audiência do MST no TJMG termina sem acordo
Integrantes do Movimento Sem Terra protestaram hoje em frente ao tribunal; fazenda na região metropolitana permanece ocupada
Audiência do MST no TJMG termina sem acordo
Movimento MST esteve presente na porta do TJ

Terminou sem um acordo definido a audiência conciliatória entre integrantes do Movimento Sem Terra (MST) e advogados que representam os donos da fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. A reunião começou às 9h30 no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A fazenda foi ocupada na madrugada da última sexta-feira (8), por aproximadamente 500 famílias que fazem parte do movimento. Elas alegam que a terra não cumpre a função social e está improdutiva. Por outro lado, os donos da fazenda pedem a desocupação imediata do território.


Segundo o diretor nacional do MST, Silvio Netto, o fator principal para a falta de acordo foi que os supostos proprietários representados não têm uma documentação que comprove a posse. "Não têm um cartão de vacina de nenhuma cabeça de gado, uma nota fiscal de comercialização de nenhum litro de leite. Então, eles não apresentaram documento nenhum. Aquela terra não cumpre nenhuma função social e precisa ser destinada à reforma agrária”, afirmou.


A audiência desta quarta-feira (13) foi presidida pela desembargadora Ângela de Lourdes Rodrigues e não foi aberta ao público. Até o início da tarde, o TJMG ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o resultado da audiência.


Ainda de acordo com o diretor nacional do MST, a expectativa é de que os órgãos responsáveis tomem providências para que os trabalhadores rurais consigam o direito à terra em Lagoa Santa. Ele garante que, por enquanto, as famílias não vão sair da fazenda. 


Protesto
Enquanto as lideranças e os advogados se reuniam nesta manhã, do lado de fora do TJMG, dezenas de pessoas do movimento protestavam pela permanência das famílias na fazenda e pelo fim do cerco policial que foi montado no local. A Defensoria Pública de Minas Gerais encaminhou um ofício para a Polícia Militar para pedir o cancelamento de uma operação militar no local. O órgão também pediu que a corporação explicasse a presença dos militares, já que o processo relacionado à reintegração de posse está na Justiça.


Reintegração de posse negada
Um pedido feito pelos donos da fazenda para reintegração de posse foi negado pelo juiz Christyano Lucas Generoso. O magistrado considerou que as pessoas que se dizem donas da fazenda não conseguiram comprovar a posse do terreno.

O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos o direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou com palavras ofensivas. A qualquer tempo, poderemos cancelar o sistema de comentários sem necessidade de nenhum aviso prévio aos usuários e/ou a terceiros.
Comentários

0 comentários

Veja também
Facebook
© Copyright 2024 :: Todos os direitos reservados